Auto aceitação, autoconhecimento, bodypositive, bodyshaming, bodyneutral
Esse corpo e mente com o qual eu acordo e vou dormir todos os dias.
Você gosta mesmo de quem você é? Absolutamente? Você se acha, tipo, incrível, quando tenta minimizar as minúcias do que te faz mal, sejam elas superficiais ou não?
Você se acha, tipo, perfeita, quando defende que assim tá bom pra vc e pronto?
E as angústias de sempre, onde colocamos hoje? Nas lutas fora de nós? Nas lutas imaginárias cabeça a dentro? Nas batalhas diárias reais cabeça a dentro e fora?
Se olhar no espelho e ver; o quê? O que nossa mente diz, o que o momento diz, o que você quer tanto acreditar diz. Matéria, ego, insegurança. Ou o oposto, tão desequilibrado quanto; megalomania, mitomania, negação da realidade.
Olhar no espelho de vez em quando, depois de algumas, turva.
Quando você se sente invencível, potente e prepotente; mas fora do véu paralelo é apenas inconveniente. Bradando aos 4 cantos sua somente vista por si superioridade.
Olha no espelho de novo, turva.
Turva como a água agitada das nossas sensações, o reflexo que não para quieto, até que vc capte um fragmento que te faça sentido. É aqui. Assim eu quero me ver. Congela.
Mas, a vida derrete. E a gente vai olhar de novo no espelho, derretida, turva.
Até focar uma pupila com a outra, a de você mesma, do outro lado.
E passar a vida todinha caçando ser menos turva e saber, minimamente, o que escolher.
Hoje, lógico.
esse processo natural, que há de ser respeitado, tem regras e leis próprias, que servem à natureza e não aos nossos desejos individuais.
propor esse encasulamento criativo com cada um e cada uma dessas parcerias foi intenso: cada larva chegou com o seu processo. e juntamos as nossas transformações, livremente, apostando tanto no feeling da natureza quanto naquele arrepio poderoso atrás da nuca que me percorria a espinha em todas as sessões - quando sentia que o bicho estava se formando.
e aí veio a pausa. o decanto. a maturação. conta mais aqui no meu ouvido, pupa, o que você será quando sair daí? como posso te traduzir?
a sua metamorfose é profunda, vai da estranheza à beleza, do viscoso ao etéreo. só leio poesia, analogias e metáforas para tanto.
me conte, pupa, depois de um ano rastejando rumo à evolução, ficando crisálida, e por fim um dia abandonando essa casca e voando lindamente por poucas semanas, me diga, pupa, que passa?!
é que independente do tempo de voo, a única certeza é a queda.
então; por duas semanas ou dois séculos, melhor fazer valer.
a transformação é inevitável, especialmente num ano como esse, onde fomos impelidos a nos adaptar cada vez mais rapidamente a tudo; tecnologia, novos ritmos, novas perdas, novas descobertas sobre si mesmo.
o silêncio que precede o esporro. contrair para expandir. um tipo de movimento que dá origem à universos, inclusive os pessoais - nossos big bangs.
leva o tempo que tiver que levar
pra voar o que for importante voar
vem aí, Casulo
07/01/2022
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